Covid-19

Nova mutação da Covid

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Anonim

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O vírus SARS-CoV-2 sofreu mutação e tornou-se uma cepa mais contagiosa. O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, disse que pelo menos 60 regiões do Reino Unido registraram a transmissão do COVID-19 de uma nova variante dessa mutação do vírus corona.

Como o Reino Unido sabe que a nova mutação do vírus SARS-CoV-2 torna o COVID-19 mais contagioso?

O Ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, anunciou que os pesquisadores identificaram uma nova mutação no vírus corona que causa o COVID-19.

Essa nova variante é chamada de VUI-202012/01. Esse tipo de variante possui 14 mutações em relação à versão anterior, incluindo 7 mutações na proteína spike, proteína que desempenha um papel na abertura da entrada do corpo humano.

Isso é considerado uma mudança relativamente grande em comparação com outras variantes que agora estão se espalhando pelo mundo. Acredita-se que a nova variante do vírus SARS-CoV-2 seja a causa do aumento nos casos de transmissão de COVID-19 no Reino Unido na semana passada.

“Atualmente identificamos mais de 1.000 casos de COVID-19 com essa variante da mutação, principalmente na região sul da Inglaterra”, disse Hancock em entrevista coletiva em Londres, segunda-feira (14/12).

Ainda não se sabe até que ponto essa mutação viral afeta a infecção em humanos. Também se suspeita de seu caráter mais contagioso, pois o surgimento da evolução desse vírus está em linha com o aumento dos casos de transmissão de COVID-19 no Reino Unido.

Lucy van Dorp, pesquisadora do genoma viral da University College London (UCL), em seu artigo The Conversation, disse que é difícil decifrar a causa e o efeito de casos como esse. Isso porque pode ser que essa mutação do vírus tenha sido identificada apenas em áreas com alta transmissão ou controle insuficiente.

Mais pesquisas sobre a gravidade da infecção por COVID-19 desse tipo estão sendo realizadas por especialistas em vários países. Eles compartilharam o perfil genético do vírus SARS-CoV-2 desta variante de mutação com pesquisadores globais.

“Não sabemos mais sobre esta mutação, mas devemos tomar medidas firmes imediatamente para controlar a disseminação dos casos, embora o programa de vacinas tenha sido lançado”, continuou ele.

Até agora, não há evidências se esse tipo de mutação pode tornar os sintomas da infecção por COVID-19 piores ou ainda mais leves. Os especialistas ainda estão pesquisando como o vírus que causa o COVID-19 muda seus efeitos em casos de transmissão no Reino Unido.

Como os vírus sofrem mutações e qual é sua importância?

As mutações são uma parte natural da evolução viral. No caso do SARS-CoV-2, essa mutação pode ter surgido devido a erros aleatórios durante o tempo em que o vírus estava se reproduzindo no corpo humano. Um dos gatilhos é uma proteína antiviral que está no corpo de uma pessoa infectada ou a recombinação de duas cadeias genéticas. Até o momento, não houve sinais de recombinação na genética do vírus que causa COVID-19.

“A informação genética sobre os vírus pode mudar rapidamente e, às vezes, essas mudanças beneficiam o vírus. "Isso permite que o vírus seja mais facilmente transmitido e evita os efeitos de vacinas ou medicamentos", disse Jonathan Ball, professor de Virologia Molecular da Universidade de Nottingham.

"Mas, na maioria dos casos, mutações como essa não têm absolutamente nenhum efeito na natureza de infectar o corpo humano", explica Ball.

Esta mutação do vírus que causa COVID-19 está ocorrendo no Reino Unido em uma combinação incomum de mutações e números. Uma das mutações anteriores do vírus SARS-CoV-2, ou seja, a variante N501Y, demonstrou aumentar a capacidade do vírus de se ligar a receptores (pontos de entrada) para células humanas.

Este N501Y foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2020. A variante mutada N501Y foi posteriormente associada a uma variante de mutação que aumenta a transmissão de COVID-19 na África do Sul.

A Malásia também anunciou um aumento nos casos de transmissão de COVID-19 no país devido a uma mutação do vírus SARS-CoV-2 denominado D614G. Essa mutação foi identificada como tendo o potencial de alterar o comportamento do vírus para um tipo com maior capacidade infecciosa.

É por esse motivo que é importante estudar quaisquer mutações que ocorram em vírus, especialmente aquelas que são endêmicas como o COVID-19.

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